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Qualidade e não quantidade

Qualidade e não quantidade
17 de Novembro de 2021   |  

A revelação de mágicas é um tema ‘batido’ entre os ilusionistas brasileiros, a discussão já durou muito tempo e talvez tudo, já tenha sido falado sobre o assunto. Porém, ainda existe um ponto que acho importante tocar, e talvez essa questão tenha sido esquecida ou ignorada, pois, ela não é pertinente apenas no campo da revelação, mas também assombra o âmbito do estudo como um todo.


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É evidente que, com tantos efeitos bombando na internet, a mente dos mágicos (principalmente dos mais jovens) acaba ficando abarrotada de informações, técnicas e possíveis mágicas que possam surgir. Claro que com o “boom” da internet e as revelações correndo a solta, isso piorou muito mais. 



Eventualmente, esse fenômeno vem criando uma geração que tem acesso a uma infinidade de técnicas, isso poderia ser bom, o problema é que muitos param nessa etapa. Não vou entrar no mérito do leigo descobrir o método de maneira mais fácil, isso já foi muito falado. A questão é, para que serve um conhecimento de 38 DL, 72 maneiras de fazer um p**k, saber 26 pass, mas toda essa sapiência, ser rasa como um pires? 



A revelação de mágicas pode desencadear muitas adversidades no meio, isso é claro como a água. Contudo, o estudo em demasia, baseado na quantidade e não na qualidade do aprendizado, pode se tornar um grande vilão, presente em um futuro não muito distante.



Nas últimas semanas, o Brasil deu um passo muito interessante e importante para a valorização do segredo, mas isso por si só não altera o caminho que já estamos seguindo. É necessário dar uma virada no modo de ensino e aprendizado da mágica, buscando a esfera qualitativa e não quantitativa. 



-João Victor Biolchi


 



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