A mágica é um livro muito grande para ler em apenas uma vida. Nós nunca saberemos tudo que existe sobre mágica, mas podemos buscar cada vez mais conhecimento. Saber mais que ontem, já é melhor que ficar estagnado. Entretanto, nessa busca de estudar e conhecer mais, acabamos esquecendo dos efeitos que já estudamos e aprendemos, pois, de alguma maneira eles já estão “perfeitos” para nós. Hoje, você vai descobrir que até o efeito que você mais estudou e treinou, ainda pode melhorar, ou apenas ficar diferente.

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                              Há dois anos eu venho montando uma rotina de água e azeite, mesclando técnicas e teorias que possam estruturar uma base para o fenômeno que eu busco criar. Faz 8 meses que a rotina “está pronta”, continuo praticando e pesquisando, mas já utilizo ela nas apresentações. Contudo, mesmo achando que ela estava perfeita para mim, nos últimos dias descobri algo que pode potencializar ainda mais o efeito. Uma pequena mudança, baseada em um conceito do Tamariz, deixou a mágica ainda mais impossível.

                              Esse breve relato, tem como finalidade expandir os seus horizontes em relação aos efeitos que você já faz e considera bom para o seu espetáculo. É claro, depois de tanto tempo pesquisando e buscando uma rotina que fizesse sentido com a sua obra, é difícil querer abrir mão ou retomar aquele assunto, até porque ele já está “ok”.

                              Se você está satisfeito com o trabalho que já possui, tudo bem, a arte não precisa ser avaliada ou metrificada para ser arte, mas a dica é: esteja sempre aberto para novos estudos sobre temas antigos. Muitas vezes isso pode te despertar para um novo efeito, um novo texto, até mesmo um novo espetáculo.

                              Se o próprio Dani DaOrtiz, vive “recriando” seus efeitos milagrosos, não existe motivo para nós ficamos apreensivos e não aproveitarmos as mudanças que são propostas. Continuar estudando é o que vai te deixar atual, pois não existe nada mais trágico que um artista que não reflete o seu próprio tempo.

- João Victor Biolchi