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Arte, Mágica e Brasil

Arte, Mágica e Brasil
26 de Janeiro de 2022   |  

                               Valorização da Arte Nacional, essa não é a primeira vez que abordamos tal tema neste blog, e provavelmente não será a última. É uma temática que me chama muito a atenção, não apenas na mágica, mas em toda e qualquer arte, é necessário valorizar aquilo que temos. Contudo, só é possível seguir este caminho se, de fato, conhecermos nossas raízes e nosso background artístico, e sabe onde se encontra o erro? Em escrever um texto sobre Valorização Nacional, e já no começo, utilizar a palavra “background”, por exemplo.


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                               Por vezes, me peguei consumindo tudo que é produzido em países como a Inglaterra, França e EUA. O imperialismo cultural e a rápida globalização, entraram em nossas casas de maneira tão eficaz, que foi difícil perceber que estamos mais conectados com o dia a dia de um norte-americano, do que com o cotidiano de nossa cidade. Fica quase impossível representar algo original, se não houver ligação cultural ou emocional com o lugar que se vive.


 


                               É evidente que a Arte Mágica tem raízes fortíssimas na Europa e nos EUA, impossível ignorar tal conexão, quando, infelizmente, quase todo conteúdo vem desses lugares. E tudo bem ser afetado por isso, mas será que queremos ser apenas reflexo de uma mágica “gringa”? Penso que não. Acredito que, valorizar e abraçar onde se vive, é o primeiro passo para criar uma real ligação e fortalecimento de sua cultura.


 


                               Mas por onde começar esse vínculo? Bom, dependendo da sua idade, ele pode estar dentro de você. Para os mais jovens, recomendo consumir coisas locais, quando foi a última vez que você foi à praça da sua cidade assistir uma apresentação cultural? Estamos em um site de literatura, é importantíssimo ler livros de mágica, mas e os clássicos da literatura brasileira, estão em dia? Já pesquisou alguma vez sobre Tropicalismo, Movimento Armorial e outras tantas manifestações nacionais?


 


                               Há algum tempo, a minha resposta seria negativa para quase todos os questionamentos, mas percebi que não é possível ser autêntico, original e verdadeiro, se eu não falar quem eu sou e de onde eu vim. É claro que isso são apenas devaneios, você pode continuar sendo a cópia do Dani ou do Blaine, tudo bem, arte é livre. Contudo, gosto de questionar, para onde vai a nossa mágica se ela, efetivamente, não é “nossa mágica”?


 


-João Victor Biolchi



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