Nascido na cidade de Nuremberg, na Alemanha, em 23 de janeiro de 1894, Adolf Weisigk, antes de se mudar para o Rio de Janeiro, passou pela África do Sul, durante a primeira Guerra Mundial, onde estudou a magia dos pretos africanos, experiência essa que o motivou a escolher o nome artístico de Vizir Al-Adim, e a ter preferências pelos assuntos mais profundos da magia psíquica, hipnotismo, telepatia e fenômenos correlatos.

Figura proeminente entre os colegas mágicos no início do século XX, Weisigk foi durante muito tempo Vice-Presidente do Colégio Brasileiro de Mágicos e fez parte da primeira diretoria do C.B.I (Círculo Brasileiro de Ilusionismo), também no cargo de Vice-presidente da instituição.

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Adolf Weisigk possuía uma das maiores e mais ricas bibliotecas sobre a arte mágica, reunindo autores do mundo inteiro, não estando restrita só a livros, mas revistas, programas, fotografias, recortes, cartazes, além de um grande fichário onde mantinha tudo catalogado. Era dono de um verdadeiro museu da mágica, que mantinha em exposição em seu próprio apartamento na Praia do Flamengo.

Como autor, deixou para a comunidade mágica 4 livros: "50 Mágicas para Você" (1935), "O Livro das Mágicas: 100 Mágicas Fáceis de Executar – Fakirismo – Illusionismo – Telepathia" (1936 e 1938), "Jogos, Diversões e Passatempos" (1936 com duas capas e 1955), e "Trucs e Illusionismo" (1936).

Apesar disso, infelizmente, é pouco lembrado pela comunidade mágica brasileira e nas raras vezes que é citado, geralmente tem seu nome verdadeiro ou artístico, escrito de forma equivocada, como por exemplo: "Adolfo Weisigt", "Adolph Weisigk", "Adolf Waisigk","Visir Aladim" etc.

Não bastasse ter apenas seu nome escrito de forma errada, seus livros ainda foram e são referenciados erroneamente com frequência, seja no título ou no ano de publicação, possivelmente pelo fato de serem difíceis de se encontrar, e com isso vem sendo perpetuado um erro bibliográfico publicado no passado.

Adolf Weisigk, foi um grande apaixonado da arte mágica, mas escolheu como profissão a corretagem de seguros, que lhe garantiu morar inicialmente na orla da lagoa Rodrigo de Freitas, e posteriormente em um enorme apartamento na Praia do Flamengo.

O último registro de sua aparição é em uma reportagem para a revista Manchete de 1978. Após essa data, não foi possível encontrar mais algum registro seu, seja em revistas, boletins ou jornais voltados para a arte mágica, fazendo com que infelizmente a data do seu óbito seja desconhecida.

Mas agora você faz parte do seleto grupo de mágicos brasileiros que conhecem sua história e pode pesquisar sua obra inteira no Acervo Mágico.