O ciclo da vida é algo encantador. O homem nasce, cresce, aprende alguns efeitos de mágica, imprime um cartão de visita e já corre para os braços de se tornar um Mágico profissional. É incrível como existe um anseio em deixar de ser amador, sendo que não há demérito algum em ser um entusiasta. Não ser “mágico profissional”, não diz respeito à habilidade, nível artístico, entendimento e qualquer outra categoria qualitativa que se queira comparar.

É muito compreensível essa avidez para trabalhar com aquilo que se ama. Todavia, é importante parar e refletir sobre o que se quer e o que se pode, quando e como se pode. O objetivo desse pequeno texto, jamais, em hipótese alguma, será amarrar os sonhos daqueles que de fato querem seguir por esse lado de trabalhar com mágica, mas é no mínimo considerável abordar o tema com mais delicadeza.

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Talvez o primeiro passo seja entender o ônus e bônus da coisa. Não importa qual o segmento do ilusionismo você pretende seguir, vivemos em um país em que é complicado demais trabalhar e viver de arte. Estar disposto a enfrentar tais dificuldades é um pré-requisito para todo artista. Compreender que, enquanto profissional, você não é responsável apenas por ‘você’, que sair fazendo vários shows de péssima qualidade, afeta todo o mercado e todos os artistas que se empenham para buscar um espaço.

Saber que o amor não é tudo, vai lhe ajudar em diversas áreas da vida. É necessário dedicação e estudo, mesmo que se ame muito! Várias vezes temos um hobbie que nos enche de tesão, mas quando vira trabalho, toda aquela alegria e fervura se vai. Cuidado para a mágica não cair nesse lugar escuro.

Estes são apenas alguns pontos para refletir, ainda é fundamental buscar uma linha para seguir, estudar sobre produção, vendas, marketing, oratória, etc. E se depois de pensar sobre todas essas possíveis esferas da vida profissional, trabalhar com isso ainda for um desejo insaciável para você. Então meu amigo, agarre com toda voracidade essa vida de mágico e siga firme. Mesmo correndo o risco de ser redundante, é importante frisar: ESTUDE muito e sempre, como se fosse um amador.

 Esse pequeno texto não se propõe a definir sua vida e nem mesmo dar dicas de como segui-la. Apenas te picar com o “bichinho do questionamento”, e plantar uma semente de reflexão. Se esse tema é cativante para você, recomendo fortemente a leitura do ebook “GOING PRO” de Andi Gladwin, está disponível na Vanishing inc, e aborda esse conteúdo de maneira mais completa e elaborada.

Você continuaria sendo amador mesmo sendo profissional? Amando de maneira incessante a arte que se propõem a fazer? Talvez essa resposta defina para o seu “eu interior” qual caminho deve trilhar, conhecer e arriscar.

João Victor Biolchi